Páginas

domingo, 29 de março de 2015

Academia de Letras de Itabuna lançou livro com coletânea de poesias de Valdelice Pinheiro





O lançamento festivo aconteceu na  quinta-feira (26),  no auditório da FTC (Faculdade de Tecnologia e Ciências) de Itabuna)

Por Celina Santos

Uma poetisa que bailava com as palavras de maneira doce e, ao mesmo tempo, forte. Ela deixou apenas dois livros publicados, mas permanece eternamente como referência entre os grandes nomes da literatura regional. Estamos falando da saudosa Valdelice Soares Pinheiro, cuja obra foi reunida na coletânea O canto contido. O livro, organizado pelo escritor Cyro de Mattos, foi patrocinado pela Academia de Letras de Itabuna (ALITA) e pela  empresa LIDI, do empresário e biomédico José Neto. Foi lançado na quinta-feira (26),  no auditório da FTC (Faculdade de Tecnologia e Ciências).
A publicação, que tem a marca da Editora Giostri, São Paulo,  reúne 60 poemas publicados em vida pela autora, por meio de dois livros – De dentro de mim e Pacto – e de outros incluídos em antologias e em um CD.
Foi uma noite festiva  – com direito a diversas manifestações culturais em louvor a Valdelice. Teve começo com o depoimento da presidente da ALITA, Sônia Maron, que destacou a  importância de Valdelice Soares Pinheiro para a cultura de Itabuna. Dando sequência,  o escritor Cyro de Mattos, o professor Ruy Póvoas, o diretor da FTC, Lindomar Coutinho, Heloísa Pinheiro, representando a família da homenageada, e a Reitora da Uesc Adélia Pinheiro destacaram as qualidades de Valdelice Soares Pinheiro não só como poetisa mas também como  professora universitária e  cativante figura humana, de jeito sereno e simples.    
O auditório da FTC ficou lotado, durante o tempo em que houve  a homenagem  e reconhecimento pela contribuição poética e cultural deixada pela poetisa à região. Das 20, 30, quando tiveram  início as manifestações, até as 11,30, todos os que lá compareceram  permaneceram no recinto.   O público ouviu poemas com música e vozes, apreciou  um vídeo organizado por Raquel Rocha, com poemas declamados por Nevolanda Amorim Pinheiro, bem como um recital de poesias de Valdelice Pinheiro, com a participação dos atores Jorge Batista, Tereza Sá, Lucas Oliveira, Silvia Smith, Aldenor Garcia e Telma Sá.

Vale lembrar que houve, ainda, uma distribuição gratuita de mais de 100 exemplares de  “O Canto Contido” para as  pessoas presentes ao local do evento.





O organizador do livro O canto contido, o escritor Cyro de Mattos, , menciona a importância de uma divulgação merecida do legado deixado por Valdelice Soares Pinheiro. Afinal, para ele, se trata de “um dos mitos da poesia grapiúna”. A seguir, uma entrevista concedida pelo autor, sobre a obra e seu objetivo.

Como o senhor teve acesso aos poemas reunidos no livro “O canto contido”?
Tive o prazer de pesquisar, anotar, organizar e prefaciar a coletânea. É constituída dos livros De dentro de mim (1966) e Pacto (1977), além de poemas esparsos publicados em antologias regionais e no CD Crônicas e poesias grapiúnas. Não foi um trabalho exaustivo trabalhar na fatura dessa coletânea porque a produção não é extensa, mas que precisava ser feita para divulgar e proporcionar  maior alcance  à primeira fase da poesia de Valdelice, conhecida apenas por uns pouquíssimos  leitores. Penso que essa primeira fase é importante como a segunda, constituída de 63 poemas inéditos, os quais foram reunidos no livro A expressão poética de Valdelice Soares Pinheiro (2002), coordenado por Maria de Lourdes Netto Simões e publicado pela Editus, editora da Universidade Estadual de Santa Cruz.

Qual o principal objetivo de fazer um “apanhado” dos escritos de Valdelice?

O objetivo é dar oportunidade para que se conheça a parte primeira que foi produzida pela autora em vida. Essa primeira fase é também importante, levando-se em consideração que o discurso poético não fica distante dos poemas inéditos escritos muitos anos depois e que foram publicados em livro pela Editus, tanto na forma como no conteúdo. Além disso, tem o objetivo de contribuir para que a poesia de uma verdadeira poetisa  entre no circuito nacional, seja estudada e reconhecida pela crítica como merece. E isso já começa a dar os primeiros frutos. Enviei “O canto contido” para alguns poetas consagrados e professores universitários. Impressionados com o discurso de Valdelice, lamentaram o desconhecimento de uma poesia carregada de sabedoria, tecida com fina sensibilidade, versos formando pequenos grandes poemas, autênticas joias.  A Doutora em Letras, professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Helena Parente Cunha, romancista   consagrada, disse: “Amigo Cyro, recebi na semana passada o livro de Valdelice Soares Pinheiro, que você prefaciou com o gosto e o saber  de quem anuncia uma voz poética detentora da mais refinada sensibilidade. A leitura dos poemas de O canto contido me encantou com a descoberta dessa poetisa que não  precisa de muitas palavras para revelar a delicadeza de seu ser e a sabedoria, às vezes triste, com que ela vê o mundo e a vida individual e coletiva. O incomparável "Pacto ou como SãoFrancisco" é um emocionante hino ao amor”. O poeta peruano Alfredo Pérez Alencart, professor da Universidade de Salamanca, elogiou a poesia dessa desconhecida poetisa grapiúna, de versos enxutos,  delicada  no dizer e saber, autora de poemas que são verdadeiras jóias. Ele divulgou na TV e Rádio Al Dia, de Salamanca,   a importância dessa poetisa ter sido resgatada na coletânea O canto contido.

Como surgiu a ideia para a elaboração do livro?
Tinha desejo de fazer uma coletânea reunindo os poemas publicados em vida por Valdelice para que sua poesia nessa primeira fase não ficasse relegada ao exílio e esquecimento, pois se trata de boa poesia. Certa vez, ouvi da presidente da Academia de Letras de Itabuna, a Juíza de Direito  Sônia Maron,  seu desejo de publicar uma nova edição do livro De dentro de mim, o primeiro de Valdelice, publicado há 49 anos, hoje uma raridade bibliográfica. Revelei a ela que meu desejo era mais amplo, consistia na edição de um livro contendo todos os poemas publicados em vida por Valdelice.  Foi assim que nasceu a idéia da coletânea O canto contido, que  conseguiu sair do desejo  para se tornar realidade.  

Como situa a Academia de Letras de Itabuna (ALITA) no contexto de elaboração/lançamento do livro? É a instituição quem promove ou entra como apoio?

Cumprindo seu papel institucional, que é o de servir às letras e de preservar a liberdade de expressão, a Academia de Letras de Itabuna (ALITA) patrocinou a edição do livro, que contou também com a parceria do empresário e biomédico José Neto, proprietário do laboratório LIDI. Eu consegui a Editora Giostri, de São Paulo, que tem mais de 600 títulos no catálogo, e breve vai publicar a segunda edição de meu  livro Os recuados, contos. Fiz a revisão das provas e sugeri até a capa de  cores suaves,  com um passarinho  pousado em ramos leves, dando a idéia de que seu canto é  fundamental como o amanhecer.  Como assim me parece ser  o canto contido da poesia de Valdelice Pinheiro. O título do livro eu tirei de um verso da poeta. 




sexta-feira, 27 de março de 2015

A Partida de Hélio Pólvora


A Academia de Letras de Itabuna  comunica o falecimento, na madrugada desta quinta-feira, 26 de março, do eminente escritor e crítico literário Hélio Pólvora, ocupante da Cadeira nº 17, que tem como patrono Machado de Assis.

Natural de Itabuna, sul da Bahia, onde nasceu em 1928,  Hélio é autor de 26 títulos de obras de ficção e crítica literária, além de uma atividade jornalística intensa. É considerado um dos mais importantes contistas brasileiros do século 20, com destaque para obras consagradas pela crítica e pelo público, a exemplo dos livros Os galos da aurora (1958), Estranhos e assustados (1966) e Mar de Azov (1986).

Doutor honoris causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz, atuou como editor (Edições Antares, Rio de Janeiro), crítico literário do Jornal do Brasil, Veja e Correio Braziliense, cronista e crítico de cinema do Jornal do Brasil, Shopping News e outros jornais e revistas. Fundador e editor dos jornais A Região e Cacau-Letras, foi também cronista do jornal A Tarde onde publicava um artigo semanal, na página Opinião e aos domingos.

Conquistou prêmios literários de nomeada, entre os quais os da Bienal Nestlé de Literatura, anos 1982 e 1986, para contos (1.º lugar), e mais os prêmios da Fundação Castro Maya, para o livro Estranhos e Assustados, e Jornal do Comércio, para Os Galos da Aurora. Assina cerca de oitenta traduções de livros de ficção (romances e contos) e ensaios. Como crítico literário é considerado um dos melhores analistas da obra de Machado de Assis. Pertenceu à geração dos escritores itabunenses  Telmo Padilha, Cyro de Mattos, Sonia Coutinho, Walker Luna, Firmino Rocha  e Valdelice Soares Pinheiro.

Sônia Carvalho de Almeida Maron
Presidente da Academia de Letras de Itabuna

sexta-feira, 20 de março de 2015

História de Laura Palmer

Por Cyro de Mattos
              

           Ela nunca soubera o tempo de escutar a própria voz e se sentir em disponibilidade de si mesma. Pouco a pouco, uma realidade foi sendo constatada em seus ângulos desconhecidos. Respirava entre pessoas que se encontravam para manter um ritmo sem qualquer  atrativo humano especial, apenas para alimentar certo rótulo social e econômico, exibido com enorme satisfação como um trunfo que poucos na vida conseguem. Perfis da vitória  nos seus acentos circunflexos, gestos redondos que se intumesciam de prazer, na mesa a prata castiça, iguarias e bebidas raras. Os dias desfilavam sob o peso de uma mentira constante. Por acaso existirá no mundo algo mais triste do que a solidão em família com as palavras encobrindo verdades e ferindo como faca? Ela tinha tudo em suas mãos, mas o sonho de viver livre era um passo que parecia impossível de ser dado. Um pássaro que não voava,  com o seu canto prisioneiro guardado numa gaiola de ouro era mesmo uma coisa sem sentido. E o dissabor da realidade desse pássaro artificial atingiu o ponto máximo quando ela percebeu que os filhos não precisavam mais dela, e o marido, o banqueiro  mais famoso da cidade, fechado no mundo dos negócios, era uma pedra que se lançara para o fundo de um poço.
            Um grito então aconteceu. Como algo especial que se aqueceu em segredo e apareceu na paisagem para se propagar com os dias plenos de ardor. Laura Palmer, senhora de alta sociedade, mãe de três filhos, todos casados, em romance com Clarindo Mali, compositor negro, cantor do bloco Olodum, que neste ano vai apresentar durante o carnaval o tema “Dogons, o povo das estrelas”, e mostrará como se deu a criação, a origem da vida, do nosso planeta e do universo. O bloco  irá mostrar no desfile dessa temporada  a importância do respeito às águas, o amor às estrelas, de onde viemos e para onde vamos voltar um dia. Milionária divorciada grava o seu primeiro CD e entra com surpreendente sucesso no mundo  apaixonante da música popular. E fofocas e comentários e  disse  me disse. Ela assim conheceu que aquele grito deveria ter sido dado muito antes. Aos dezessete anos talvez. Na plena força da idade quando o coração pulsa com o fulgor  maravilhoso de um sol, a irradiar luz por todos os recantos. É bom caminhar assim e sorrir e chorar. Esta a vida do ar, do amar e do sonhar, pensou.
          Na medida em que se via penetrada das cores da realidade nova, ela se sentia levada por ondas que iam deixando para trás cenas de uma alma saturada de coisas insignificantes. Havia circulado naquele tempo habitado por rostos sem brilho, beijos sem afeto, dedos sem entrelaço. Que droga, aquela havia sido a sua estrada? Quanta insinceridade, meu Deus, as pessoas haviam colocado nisso tudo, nessa estrada horrível, a essa altura comprida. Pessoas de seu círculo formaram logo opiniões. Quiseram tomar detalhes, reincidiram nas visitas, mostraram-se inconformadas com aquela mudança súbita. No fundo mesmo ficaram  revoltadas com a altivez acentuada que surgiu dos traços harmoniosos de seu rosto. Alguns parentes, não conseguindo ferir os encobertos objetivos, utilizaram-se das armas do desprezo, coação e  censura.
         A propósito, há poucos dias sua mãe fez a seguinte observação: Depois de velha, você entendeu de ser artista... E ela, agora eu sou livre, l-i-v-r-e. E seu ex-marido, o banqueiro Carlos, deixou um pouco de lado o mundo dos sucessos econômicos e resolveu também interferir. É essa a maneira de você  retribuir aos filhos  o amor  que eles sempre dedicaram a você? E ela: Na  minha maneira de ser nada mudou para eles, apenas agora eu estou vivendo. E os filhos por sua vez disseram que não acreditavam no que estava sendo publicado nas colunas sociais dos jornais e revistas. Esses comentários chocam muito. E ela, não vendo qualquer motivo que justificasse esconder a verdade,  procurou deixá-los a par de tudo.  Vocês não devem sofrer por isso, gostaria de dizer a vocês o inverso do que eu ouvi dos meus pais, o oposto de tudo o que eu aprendi com eles. Concluindo: Sinto-me na vida. E mil coisas agradáveis, marcantes, ela passou a conhecer.
         Aconteceu ela cruzar inúmeros caminhos, descobrir-se com uma infinidade de pessoas, cuja beleza consistia em fazer da vida uma realidade simples, espontânea, habitada nos seus movimentos cotidianos à vontade por ondas de calor e brilho forte.. E recentemente lhe tocou uma emoção grande quando aquele rosto tão jovem aproximou-se dela e perguntou qual seria o título do seu livro de memórias e ela, irradiando serenidade e alegria, sem hesitar um minuto sequer, respondeu: Viver.                                    

quarta-feira, 18 de março de 2015

Caminhos da Fúria

     

                   Cyro de Mattos
           
Matou os pássaros. Nem ligou para a mancha que envergonha, afogando o canto e a plumagem. Renovou a sua sede, estúpido na fome de novo se impeliu. Envenenou os peixes. Uivou, como um bicho, para o sol, que fechou as pálpebras quando viu aquelas águas oleosas.
Ondas no peito dos outros ressoaram, em dó e lágrima, batendo, voltando, batendo. De ira excedeu-se, desamor era o que  o coração mais queria. Botou fogo no verde. Da relva a lágrima correu por entre vastidões desoladas. Da flor carbonizada resultaram borboletas ausentes de odores e fragrâncias. Sem finas saliências o verde hesitante de tremor. A teia ficou sem tecer da natureza minúsculos dramas. Para matar os bichos de carreira restantes, sorveu a sanha de todas as forças que pode reunir, pulsando veias e nervos num ritmo frenético. Sob o  calor abrasador, buscou ativar-se com o cheiro enfurecido das manadas.
Aconteceu o som das  patas nas têmporas, na fronte do animal compulsivo, babando e bufando. Nas rugas do tempo teve só amargas lembranças. Achou pensando que no antigamente havia nele  o semeador no campo de centeio. Fez uma cara de nojo ao se lembrar disso.
Decididamente se desviou da rota alegre dos dias. Preferiu ser  o que se acha nos gestos impuros. Com  rudes mãos impassíveis, o passo  dentro da bruma,  quem  tudo deflora, desfaz, prolifera o não, perdura. De tal assombro, clamor que perfura a inocência da mais difícil prova,  irromperam vozes débeis. Emanavam dos peitos esvaídos miasmas e contaminações, aparecendo no cenário deserto estas mãos abertas em súplicas sopradas por vento de amanhecer sem o sol.
Alardearam verdades os que eram vítimas do insano animal andarilho:
-  NÃO NOS MATE MAIS. SOMOS A INFÃNCIA QUE VIVE NAS COLMEIAS DO METRÕ.  DORME EM ESCADARIA DE IGREJA E ROLA NAS RUAS SOLITÁRIAS. ADOLESCENTES PUTAS NO CALABOUÇO DA CARNE E DA CAMA. NEGROS E POBRES AÇOITADOS NOS PORÕES DA MEMÓRIA INVERSA. NATIVOS SOBREVIVENTES EM GRITO E FUGA TRESPASSADOS NOS RASTROS DA DESGRAÇA.
Fuzilava com o sorriso, aplaudia com os dentes de metralha. Assim  habitava no velho mundo o inventor prazeroso de fornos crematórios, opressor  da inocência triturada, amontoada nos vagões como boi para o matadouro. De tão frágeis sequer adeus podiam   dar aos que  ficavam sonâmbulos nos campos aramados,   regados de  angústia pelas trilhas do horror.  As mãos dele tinham agora um volume inconcebível. Tão pesadas  davam para amassar o mar. “Minha voz exclui o ar, cores, sadios saberes e bem-vindos sabores de frutas doces.‘’ Cuspia cobras e lagartos numa  incrível capacidade de armazenar e crepitar só labaredas. Gritava no ápice do transe: QUERO QUE O POBRE EXPLODA. MENINO DE RUA SE FODA. PRETO  QUE SE LASQUE. PUTA QUE VÁ PRA PUTA QUE  PARIU. ÍNDIO MATO AGORA É  COM GRANADA.
         Optou para disseminar pétalas atômicas por milhas sem fim.  Chamejar inclemente com cheiro queimado de gente, flora, fauna. Do seu olho atento no céu nenhuma lágrima escorreu. Recheou a aurora de drogas e tráficos, urdiu  o cerco da agonia com seqüestros hediondos.  O caçador das cavernas, o viajante das estrelas, corruptor e corrompido, estampava-se no mundo não mundo como o matador  incansável  dos que cantam no verdor o vento da  união geral feito de amor e  verdade. Na bomba o elogio dos escombros. Entre tudo que deixou soterrado, exilado nas próprias sombras dos anos consumidos, desejou então morrer, embora sabendo que havia banido a morte para as profundezas mais escuras dos eternos abismos. Sem poder encará-lo, aí foi que a morte passou distante dele,  evitando olhar para trás. Na carreira tão veloz que o vento mais rápido jamais ia conseguir alcançá-la.

quinta-feira, 12 de março de 2015

COMUNICADO DE CYRO DE MATTOS


  
O escritor e poeta Cyro de Mattos comunica que foi cancelado o lançamento de seu livro A Casa Verde e Outros Poemas, programado para o dia 19, a partir das 19 horas, na Livraria Nobel, em Itabuna. Agradece a compreensão dos leitores e amigos, comunicando, também, que o evento será agendado para outra data.
 
Atenciosamente,
 
Cyro de Mattos